Os jesuítas contra-atacam
A Companhia de Jesus foi usada para conter a Reforma Protestante e propagar a fé cristã. Acabou se espalhando nos quatro cantos do mundo, foi perseguida e banida - mas resistiu. E só agora, quase cinco séculos depois, alcançou o cargo mais alto da Igreja. Reportagem: Rodrigo Cavalcante Edição: Karin Hueck O Vaticano estava pressionado. Estadistas do mundo inteiro aguardavam com ansiedade a posição oficial da Igreja. Depois de quatro anos de hesitação, o papa finalmente tomou a decisão. No dia 21 de julho de 1773, em breves 45 parágrafos, Clemente 14 extinguiu da Igreja a Companhia de Jesus, a poderosa e temida ordem dos jesuítas. A expulsão foi fruto das pressões de diversos governantes incomodados com o poder que os jesuítas haviam acumulado em 200 anos de existência, quando se tornaram uma das maiores organizações religiosas do planeta. Os soldados de Cristo, como eram chamados, formaram a tropa de elite na defesa do Vaticano durante a Reforma Protestante, quando novas religiões cris